Notas Tecnológicas

Neste site pretendo reflectir sobre as Novas Tecnologias da Comunicação, os Novos Meios Digitais Interactivos e é claro, sobre a Comunicação Social e os Media em geral.

março 24, 2006

Demasiado Criativo?

Pode ser-se demasiado criativo?

Cada vez mais a criatividade é uma das características mais apreciadas nas empresas. Estando nós numa época em que a informação, os conteúdos, e sobretudo o conhecimento são a mais valia, as empresas dependem quase exclusivamente das capacidades do seu capital humano.

Assim uma boa gestão do conhecimento é preponderante para a sobrevivência de qualquer empresa numa época de elevada competitividade. E esta gestão do conhecimento passa em primeiro lugar pela boa gestão das pessoas.

Muito se fala acerca das potencialidades da tecnologia, mas é preciso ter presente que a tecnologia que não é acompanhada pelas pessoas de nada serve. O Dr. Paulo Amaral diz-nos mesmo que «só vale a pena apostar em tecnologia, se eu a gerir bem e ao mesmo tempo gerir de forma adequada os recursos humanos».

No que se refere à gestão do conhecimento, propriamente dita, é preciso fazer referência ao facto do conhecimento tácito se encontrar exclusivamente nas pessoas, e daí a sua importância.
O conhecimento explícito é mais facilmente transmitido, porque toma uma forma física de manual, ou base de dados. Contudo este conhecimento nunca chega a ser tão rico, nem tão importante quanto o conhecimento tácito (mais conhecido por Know How).

Gerir o Know How das pessoas numa empresa, e conseguir que esse conhecimento não fique sedimentado e seja transmitido a outros colaboradores, para que assim permaneça na empresa, é um dos grandes desafios dos gestores do conhecimento.

O trabalho em equipa, a rotação de tarefas, uma aprendizagem permanente e o contacto directo como colaboradores de outras áreas, são apenas algumas da formas de conseguir que esse Know How seja partilhado e se torne útil para a empresa.

Mas já me afastei demasiado do propósito deste post. Como já referi a capacidade criativa é muito valorizada, exactamente porque a criatividade é uma das melhores formas de gerar novo conhecimento na organização.

Como é que se potencia a criatividade? A existência de uma cultura liberal na organização, a autonomia individual aliada ao trabalho em equipa e às reuniões brain-storming, sem esquecer um tempo de trabalho dedicado exclusivamente à criação de novas ideias, são apenas algumas formas de potenciar um ambiente propício à inspiração.

Na minha opinião tudo deve existir com conta, peso e medida. A minha resposta é sim, pode ser-se demasiado criativo. É, sem dúvida, bom que se seja criativo, mas que isso não impeça o desempenho do seu trabalho e do trabalho em equipe. Ao ser-se demasiado criativo pode-se comprometer a própria criatividade dos outros membros.

Saber trabalhar em equipa e ouvir a opinião dos outros antes de se chegar a uma conclusão definitiva são também requisitos necessários para os colaboradores destas organizações de informação, conteúdos e conhecimento.

Joana Poças

março 09, 2006

Growth and Jobs



Será que a Europa consegue conciliar o modelo social europeu com o avanço da tecnologia e com a competitividade exigida pelos mercados globais?Ainda não podemos responder a esta pergunta, mas temos que tentar ao máximo conseguir que esta parte mais humana da Europa não entre em confronto com as exigências desta Economia Global.

O Professor Roberto Carneiro define o modelo social europeu como um modelo que valoriza em primeiro lugar a comunidade em vez do indivíduo, que dá extrema importância à qualidade de vida e ao desenvolvimento sustentável, que percebe a necessidade de divertimento inerente ao ser humano, que valoriza os direitos humanos individuais e, sem dúvida, a cooperação global.
Se prestarmos atenção a todos estes valores acima citados é fácil entender como é que estes podem entrar em confronto com o Mercado global.

A abertura relativamente recente do mercado Chinês tem levantado imensa polémica. Na China as horas de trabalho muito superiores ás europeias, as condições paupérrimas de trabalho a que os cidadãos chineses estão dispostos a trabalhar são apenas alguns dos factores que fazem com que os seus produtos sejam muito mais baratos que os nossos. Mão-de-obra barata sempre conduziu a produtos mais baratos. Mão-de-obra barata sempre atraiu as grandes multinacionais, desejosas de verem aumentados os seus lucros.

Tudo isto faz sentido. O que não faz sentido é tentarmos competir com a China, ou outros mercados semelhantes, tentando passar por cima de direitos e valores que foram arduamente conquistados pelos cidadãos europeus.
É impensável querer aumentar as horas de trabalho na Europa, ou passar por cima do direito a um fim-de-semana completo. É indiscutível pensar competir com preços de mão-de-obra. Isso seria um atentado aos direitos humanos individuais e uma negação do direito à qualidade de vida.

De facto, o que a Europa deve fazer é competir apresentando uma mão-de-obra especializada e diversificada, competente e flexível, capaz de atrair qualquer empresa europeia e internacional. O que a Europa e Portugal devem fazer é apostar na Agenda de Lisboa.
Em Março de 2000 foram traçados, em Lisboa, vários objectivos a atingir até 2010.

  • Tornar e Europa o Continente mais Competitivo do Mundo;
  • Crescimento Económico Sustentável;
  • Fomentar a Competitividade;
  • Modernizar o Modelo Social Europeu, investindo mas pessoas e combatendo a exclusão social.

Infelizmente os grandes objectivos desta estratégia não foram atingidos e a Agenda sofreu uma revisão em 2002 e outra em 2005, ficando reduzida a apenas dois pontos:

  • Crescimento
  • Empregos

«Growth and Jobs» já é alguma coisa. Mas a Europa não poder parar. A Europa deve continuar a inovar e a crescer tentando seguir todos os pontos da primitiva Agenda de Lisboa.

Era do Feminino no Intercomunicador


O tema da ascensão das mulheres e da Era do Feminino é algo que sempre me interessou, talvez pura e simplesmente por ser mulher. O blogue da minha colega Tânia Fonseca é interessante, exactamente porque faz referência a este mundo que é o das mulheres.

Pegando em produtos e campanhas da Nívea, da Dove ou mesmo do novo, e muito apreciado, anúncio do novo gás da Galp, Tânia consegue deixar bem presente que a mulher tem vindo a tomar terreno no que era considerado o universo dos Homens.

Hoje em dia, como transparece no seu blogue, as empresas vêem na mulher uma potencial consumidora, daí que muitos dos produtos e anúncios que vemos actualmente se destinem a este público, que como nos refere as estatísticas é bem maior que o seu oponente masculino.

Penso que este blogue está bem conseguido e o facto de ter imagens ajuda a pender a atenção. Em relação aos posts, estes são pequenos, o que possibilita uma leitura rápida, o que, na minha opinião, é excelente, uma vez que estamos numa sociedade do imediato em que tempo é dinheiro.

Se estiverem interessados, penso que não perdem nada em visitar o blogue de Tânia Fonseca -
www.intercomunicador.blogspot.com.